quinta-feira, 17 de março de 2016

Sobre ratos, porcos, gente, Marx, petróleo, justiça e hipocrisia ...

Era uma vez uma casa abandonada e infestada por ratos num povoado muito, muito, muito distante daqui. Um dia um homem foi escalado para dar fim a praga promovendo a limpeza do local. Este homem - por preguiça, conveniência, incompetência ou uma mistura disto tudo - limitou-se a limpar apenas um dos cômodos da casa que possuía vários outros (tão ou mais infestados pela praga de roedores). A incumbência era limpar todos os cômodos mas ele se limitara a limpar apenas o mais visível. Este cômodo era o cômodo frontal da casa, de tal forma que quem passava pela frente da mesma, supunha como limpo todos os demais. Várias pessoas aplaudiram o homem pela iniciativa da limpeza parabenizando-o pelo feito e ignorando que aquele homem era um funcionário público que recebia dinheiro para justamente combater pragas e limpar ervas daninhas em propriedades do município. As pessoas que por ventura alertavam que apenas um cômodo fora limpo e que os demais continuavam infestados pela praga eram hostilizadas: diziam que elas estavam inventando mentiras para tirar o mérito daquele "herói" que "livre", "espontânea" e "desinteressadamente" se  prontificara a efetuar a limpeza do local. Enquanto isto os ratos nos cômodos dos fundos da propriedade comemoravam o fato de terem sidos "esquecidos" ali e continuavam a se proliferar em abundância. Como o povoado nunca dera a mínima atenção para a  educação de seus integrantes, a maioria das pessoas que ali passavam continuavam a jogar lixo na porta da velha casa e depois iam ver TV. Vieram as chuvas e os bueiros - entupidos de lixo - trouxeram mais ratos para a velha casa que não  suportando mais a população de roedores começou a exportar seus inquilinos para os outros domicílios do povoado. E foi assim que aquele povoado passou a ser chamado de Ratolândia. Os ratos haviam se integrado de tal forma à sociedade daquele povoado que  já  não se sabia mais quem era rato e quem era gente. 

FIM.!

(eu por eu mesmo - lembrando que isto nada tem a ver com nosso glorioso país.).

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