sábado, 30 de abril de 2016

Um político que compreende ...

  • “Aumentar o poder aquisitivo não necessariamente significa multiplicar a consciência”
  •  “Todos olhamos a realidade através dos nossos olhos ideológicos”
  • “Quando os meios de comunicação estiverem ao nosso favor, é porque nós mudamos de lado.”
  • “Se fôssemos deuses não precisaríamos da política. O problema é quando a política é reduzida apenas ao plano econômico”
  • “É preciso uma causa para se viver. A causa é se preocupar com a sorte dos outros. Toda derrota e todo triunfo são passageiros”
  • “A maioria dos progressos sociais consagrados como avanços da humanidade vieram da esquerda”
  • “A esquerda é uma concepção filosófica onde prima a solidariedade sobre o egoísmo”
  • “O problema da corrupção no Brasil não é um problema do PT, mas alcança todo o sistema político, todos os partidos”

(Mujica - ex-presidente do Uruguai )

sábado, 23 de abril de 2016

Notas a respeito de uma certa Republiqueta das Bananas ...

     Não sei se os brasileiros terão a noção do que as oito horas de votação na Câmara de Deputados para destituir Dilma Rousseff tiveram de demolidor para a imagem do Brasil no mundo. Entre os povos livres e civilizados, a ideia que passou é que o Brasil é mesmo um país do Terceiro Mundo, onde a democracia é uma farsa e a classe política um grupo de malfeitores de onde está ausente qualquer vestígio de serviço público. Entre os países do verdadeiro Terceiro Mundo, alguns dos quais bastante mais bem governados do que o Brasil, a ideia do país como potencial líder do grupo dos emergentes caiu por terra com estrondo: perante aquele indecoroso espectáculo transmitido em directo para o país e para o mundo, as hipóteses de o Brasil alcançar o ambicionado lugar de membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas só podem ter sido seriamente comprometidas.
      Não está em causa saber se Dilma governa mal ou bem: governa mal e devia sair pelo seu pé. Não está em causa se o PT esgotou o seu tempo e devia dar hipótese de nascença a um novo ciclo político: sim, devia, e Lula — a quem o Brasil tanto ficou a dever — faria bem melhor em remeter-se às palestras e nada mais. Já não está em causa sequer saber se há fundamento jurídico e constitucional para a demissão da Presidente: não há, o processo é puramente político e, nesse sentido, o impeachment é, de facto, um golpe, levado a cabo pelos derrotados das presidenciais. Mas em democracia os governos são julgados em eleições e ninguém tem culpa de que na absurda Constituição Brasileira, que tenta a fusão impossível entre o presidencialismo à americana e o governo à europeia, não existam as figuras da moção de censura ou de eleições antecipadas (uma lacuna que deriva directamente do igualmente absurdo sistema político que faz com que o Presidente e chefe de Governo nunca tenha maioria num Congresso onde convivem 26 partidos, mais uma série de fidelidades regionais e sectoriais). Com o pretexto arregimentado para destituir Dilma — as tais “pedaladas fiscais” — qualquer governo de qualquer democracia poderia ser substituído a qualquer momento, sem grande esforço. Mas exigia-se, pelo menos, que o processo de destituição da Presidente do Brasil tivesse um mínimo de dignidade e de seriedade que o gesto impunha. Mas não foi isso o que sucedeu e o que está a suceder: os chefes do “golpe”, todos a contas com a Justiça, são gente que de todo se recomenda; os seus apaniguados são tipos que não se convidam para jantar em casa; o partido que comanda o golpe e mais espera dele vir a beneficiar, o PMDB, é o exemplo acabado de tudo aquilo que a política não deveria ser; e o espectáculo protagonizado pelos deputados ultrapassou tudo o que a simples decência devia permitir. A mensagem que o Brasil passou ao mundo é esta: “Não nos levem a sério”.

( Miguel Souza Tavares - Jornalista português )

sábado, 16 de abril de 2016

sábado, 19 de março de 2016

Sempre duvide de remédios milagrosos ...


Enquanto isto, num lavajato de uma cidade do estado do Paraná ...

Por que não lavar o carro por inteiro??!!

("Justiça é o que fazemos com os outros. Injustiça é o que fazem conosco." - Os Malvados. )

quinta-feira, 17 de março de 2016

Sobre ratos, porcos, gente, Marx, petróleo, justiça e hipocrisia ...

Era uma vez uma casa abandonada e infestada por ratos num povoado muito, muito, muito distante daqui. Um dia um homem foi escalado para dar fim a praga promovendo a limpeza do local. Este homem - por preguiça, conveniência, incompetência ou uma mistura disto tudo - limitou-se a limpar apenas um dos cômodos da casa que possuía vários outros (tão ou mais infestados pela praga de roedores). A incumbência era limpar todos os cômodos mas ele se limitara a limpar apenas o mais visível. Este cômodo era o cômodo frontal da casa, de tal forma que quem passava pela frente da mesma, supunha como limpo todos os demais. Várias pessoas aplaudiram o homem pela iniciativa da limpeza parabenizando-o pelo feito e ignorando que aquele homem era um funcionário público que recebia dinheiro para justamente combater pragas e limpar ervas daninhas em propriedades do município. As pessoas que por ventura alertavam que apenas um cômodo fora limpo e que os demais continuavam infestados pela praga eram hostilizadas: diziam que elas estavam inventando mentiras para tirar o mérito daquele "herói" que "livre", "espontânea" e "desinteressadamente" se  prontificara a efetuar a limpeza do local. Enquanto isto os ratos nos cômodos dos fundos da propriedade comemoravam o fato de terem sidos "esquecidos" ali e continuavam a se proliferar em abundância. Como o povoado nunca dera a mínima atenção para a  educação de seus integrantes, a maioria das pessoas que ali passavam continuavam a jogar lixo na porta da velha casa e depois iam ver TV. Vieram as chuvas e os bueiros - entupidos de lixo - trouxeram mais ratos para a velha casa que não  suportando mais a população de roedores começou a exportar seus inquilinos para os outros domicílios do povoado. E foi assim que aquele povoado passou a ser chamado de Ratolândia. Os ratos haviam se integrado de tal forma à sociedade daquele povoado que  já  não se sabia mais quem era rato e quem era gente. 

FIM.!

(eu por eu mesmo - lembrando que isto nada tem a ver com nosso glorioso país.).